Já gastei as solas de tanto na relva esfregar meus pés, mas por muito que me esfregue parece que algo mais lá está colado debaixo das solas. Porra da poia que não me larga o pé! Nem com um pequeno pau encontrado na bermas do passeio conseguem saciar a necessidade de remover, tal dejecto imundo e meloso que não larga as solas do sapato. Talvez o problema seja das solas que de tanta porcaria pisar já nada a faz descolar, mudemos de sapatos!
Já no longo percurso de minha carreira (de apenas alguns dias) já minhas solas vinhas gastas de tanto meloso limpar. Coitados daqueles que me ouvem criticar a maldita sola cheia de porcaria, até seu ouvidos ficam cheios do meloso que tanto removo.
Bom, acreditado que ainda possa deixar os malditos sapatos e por meus pés no chão mas com muito cuidado, vá lá ao diabo apetecer e por debaixo mais um destes colegas que se colam no meu pé deixando-o desapropriado para pisar o solo do meu trabalho. Tenho complexos dos meus sapatos, por onde andam muito rasto deixam, será de três, um problema meu que não sei onde ponho os pé, será problema dos meus sapatos que por onde passam tudo se cola ou será o maldito trilho que por onde passo encontro a cada passo mais um pouco de poia para pisar. Das três uma ou nenhuma… Ai... vida, vida, que me dês uns bons sapatos e nunca uma sandálias, para que me deixes os meus brancos pés limpos dos ímpios males da defecação que tanto se cola de forma melosa ao meus pés.
Olhando para o pequeno percurso literário, encontro poia a mais, já que como gafanhotos saltam dos pés, para os ouvidos dos inocentes, que me vêem a todo o custo, remover tal coisa, mas sem sucesso. Talvez não me devessem ouvir, ou talvez o percurso da carreira fosse limpo deste pequeno grande mal, que me suja e denúncia o percurso que faço. A todos os meus passos só a água límpida e translúcida como a verdade a poderá limpar. E assim peço, limpem-me os pés.
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