Já passou o natal e com ele o 13º mês foi-se e gastou-se o 14º, e quem não tem o 14º mês a haver, tramou-se mais um crédito! Mais uma das grandes colecções adquiridas pela maioria dos portugueses, as prendas deliciam os que as recebem e deixam bem visto quem as oferece, atrás dele vem as despesas da boa imagem, tramei-me na imagem mas salvei-me do crédito este natal. Boa, a melhor parte foi que todos ficaram bem vistos por mim. Eles cumpriram a parte de oferecer e eu a parte de receber. O pior é que eles é que ficaram com remorsos de terem oferecido algo a quem nem um par de meias ofereceu, bem eles também não precisavam, foram oferecidas por tantas pessoas que só serviria para fazer colecção. Mas não me apercebi qual o espanto de tantos que me rodeiam, afinal de contas o Pai Natal não existe, acreditem se existisse e se fosse pai como lhe chamam daria os brinquedos aos seus filhos não ao dos outros. Bem as outras, o melhor e irem ter com os seus próprios pais. Coitadinhas das crianças que acreditam que o pai natal é puxado num trenó por renas! Pois vejam só o poder da publicidade, o pai natal não é gordo, mas é do Benfica, o pai natal não desce chaminés pois não caberia! Se o pai natal viesse a Portugal seria puxado por vacas e o trenó não voava, mas caía! Ainda bem que não há por ai renas a voar, o meu carro já está cheio de caganitas de pombos e queima-me a pintura, imaginem agora se fossem renas ou vacas por ai a voar.
Deixemo-nos de fantasias o pai natal é nada mais, nada menos que… a publicidade! Surpreendidos? Não vale a pena, é a ela que devemos o natal encantador cheio de despesas e créditos. É a publicidade que devemos a necessidade do supérfluo, imaginem vocês a quantidade de meias que são oferecidas todos os anos, quem agradece são as empresas de vendas que facturam mais, ficamos tesos e as crianças felizes. Mas ao menos isso, o calor humano já aquece a malta, sim porque a madeira está cara e o carvão nem se fala. Eu queria aqui deixar um pedido a todos os leitores para o próximo ano comprem ténis, bolas e tapetes de lã, claro que isto não é brincadeira se comprar ténis as crianças de Tailândia agradecem, se comprar bolas as crianças africanas agradecem, se comprar tapetes as crianças da índia agradecem portanto é apenas uma escolha de transito monetário. Já eu vou oferecer um vinho branco rasco para o natal que vem aos familiares, pensei no vinho do porto mas é inglês em fim se queremos que o dinheiro fique em Portugal, temos de gastar em mulheres da vida portuguesas e vinho verde, estou a pensar ir agora mesmo contribuir para a economia.
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